Uma das características do regime fascista que, infelizmente marcou a história da humanidade no Séc. XX era a obsessão por construir uma sociedade branca, constituída por pessoas “extremamente cultas” a partir da qual se pudesse comprovar cientificamente a crença na existência de uma raça superior, pura, a denominada raça ariana.
Essa estúpida crença levou Hitler e seus seguidores a perseguir na Alemanha e em grande parte do território europeu, todos aqueles que, na avaliação do regime fascista, representavam uma ameaça a constituição da pura raça ariana: Judeus, Negros, e até pessoas (entre elas crianças) que apresentavam alguma deficiência. Tudo em nome da louca obsessão do homem e da mulher perfeitos: brancos, olhos claros, bem educados, para os quais o Estado deveria garantir as melhores condições de desenvolvimento econômico e social.
Infelizmente, em pleno Séc. XXI, a humanidade não está livre dessa tamanha estupidez, que alimenta o preconceito, o ódio e a intolerância na sociedade. Como se não bastasse à onda de manifestações dessa natureza durante o último pleito eleitoral, aonde uma jovem chegou a pregar “morte aos nordestinos”; os atos de violência a que são submetidas mulheres, negros e homossexuais, eis que surge um tal de Deputado Bolsonaro (cujas posições já são bem conhecidas) e declara ao vivo em um programa de TV, quando perguntado o que faria se um de seus filhos se apaixonasse por uma mulher negra: "Preta, não vou discutir promiscuidade com quem quer que seja. Eu não corro esse risco e meus filhos foram muito bem educados. E não viveram em ambiente como lamentavelmente é o teu."
Expressão de preconceito e racismo extremo cuja intenção foi deixar bem claro que ele não tolera diferenças e opções. Pior, é saber que ele educou seus filhos com tal ideologia! Mais grave ainda, é perceber entre as manifestações nos fóruns de debates virtuais, o número de pessoas que, por ingenuidade ou crença mesmo, apóiam a posição deste indivíduo, que não esconde a sua simpatia pelo regime militar que perdurou no Brasil por mais de 20 anos e em nome da “defesa dos interesses nacionais” torturou, matou, perseguiu aqueles que lutavam em defesa da justiça social e da democracia.
Bolsonaro é a expressão mais acabada de uma camada privilegiada da sociedade que desfrutou das benesses da ditadura militar e por esta razão morre de saudade dos seus generais. Um indivíduo que deve ter sido criado em uma redoma de vidro, isento do sofrimento de milhões de brasileiros/as que clamavam por justiça, comida, igualdade, condições dignas de vida, respeito às diferenças, democracia e, sobretudo liberdade de expressão. Tudo para o qual o fascismo também dava as costas e combatia com a intenção de exterminar.
O preconceito e o racismo expresso por Bolsonaro, não é somente contra os negros, as mulheres e os homossexuais. Revela uma posição de classe, uma concepção contra os pobres já que relaciona “promiscuidade” com o “ambiente lamentavelmente” em que vivem de onde a protagonista desta história – Preta Gil- é oriunda.
Aí reside a relação orgânica do pensamento de Bolsonaro com o fascismo. Esta postura de Bolsonaro, somada as atitudes preconceituosas também no esporte, cujo caso mais recente foi a casca de banana que a torcida da Escócia jogou em ofensa ao jogador Neymar no último domingo (27/04), dão a dimensão da relevância da agenda prevista neste ano em alusão ao Ano Internacional dos Afrodescentes proposto pelas Nações Unidas.
Devemos estar alertas e intensificar nossa luta contra a propalada teoria da democracia racial, que orienta os que se colocam contra todas as políticas públicas que têm como perspectiva promover a igualdade. Neste contexto, ganha relevância também, as ações em parceria entre Governo e Sociedade Civil Organizada no desenvolvimento de ações de combate ao racismo, ao preconceito e a intolerância, características fascistas que podem contaminar a nossa juventude. Neste sentido, combater as concepções e posturas de Bolsonaro é como combater um vírus. Não se pode dar trégua, pois quando parece estar eliminado, ressurge com mais intensidade. É só vermos a sua petulância em continuar afirmando que está “se lixando para os gays”.
Bolsonaro, como parlamentar que é, tem consciência que racismo é crime inafiançável e imprescritível. Por isso, é que exigimos que a Câmara dos Deputados abra de imediato um processo contra este vírus Bolsonaro, por quebra de decoro, desrespeito a Constituição e estímulo ao racismo e ao preconceito.
Tal medida deve ter por objetivo demonstrar à sociedade que o parlamento brasileiro, se constitui efetivamente em um espaço de expressão e do respeito à igualdade, à diversidade e da observação da justiça. Caso contrário, outros parlamentares podem se achar no direito de expressarem também suas concepções preconceituosas em relação às mulheres, negros e homossexuais. Basta lembrarmos o senador Demóstenes do DEM/GO, que em abril do ano passado durante a audiência pública no Supremo Tribunal Federal, afirmou que no período da escravidão no Brasil não houve estupro das negras escravas pelos senhores brancos e sim relações consentidas. A omissão da Câmara nestes casos pode colocar em xeque o papel do parlamento e dos parlamentares no combate ao racismo e a xenofobia no país.
Que todos àqueles que lutam pela democracia, por uma sociedade com justiça social, liberdade de expressão e respeito às diferenças se mobilizem e demonstrem a sua indignação contra a persistência do pensamento fascista na sociedade brasileira.
Fonte:CNTSS
Maria Julia Reis Nogueira:Secretaria Nacional de Combate ao Racismo
José Celestino Lourenço: Secretario Nacional de Formação
domingo, 3 de abril de 2011
quarta-feira, 18 de agosto de 2010
segunda-feira, 16 de agosto de 2010
Atenção Associados:
1. Gilmar França mesmo demitido nas greves de 1988 jamais deixou de lutar pela categoria. É reconhecido por não desistir nunca.
2. Gilmar França nunca foi nomeado sem concurso nem requisitado para empresa pública enquanto, na verdade, cumpria mandato sindical.
3. Gilmar França nunca aceitou trabalhar com cartas de contrato temporário para depois ser efetivado sem concurso em hospital público.
4. Nunca vendeu sua estabilidade sindical.
5. Acima de tudo, Gilmar entrou com mais de 80 processos contra os hospitais em favor dos trabalhadores enquanto que a candidata da chapa 2 só assume ter entrado com seis processos e os mesmos estavam parados e só passaram a ser pagos na gestão atual.
6. Na questão da ULBRA a atual direção do SINDISAÚDE-RS, representada pela Chapa 1 conseguiu um acordo inédito no sindicalismo brasileiro: Durante a recuperação da instituição os trabalhadores ficaram em casa recebendo seus salários. Processo 01925-2008-203-04-007.
Reflita, analise, compare e decida o que é melhor para você e sua categoria.
Vote Chapa 1!
2. Gilmar França nunca foi nomeado sem concurso nem requisitado para empresa pública enquanto, na verdade, cumpria mandato sindical.
3. Gilmar França nunca aceitou trabalhar com cartas de contrato temporário para depois ser efetivado sem concurso em hospital público.
4. Nunca vendeu sua estabilidade sindical.
5. Acima de tudo, Gilmar entrou com mais de 80 processos contra os hospitais em favor dos trabalhadores enquanto que a candidata da chapa 2 só assume ter entrado com seis processos e os mesmos estavam parados e só passaram a ser pagos na gestão atual.
6. Na questão da ULBRA a atual direção do SINDISAÚDE-RS, representada pela Chapa 1 conseguiu um acordo inédito no sindicalismo brasileiro: Durante a recuperação da instituição os trabalhadores ficaram em casa recebendo seus salários. Processo 01925-2008-203-04-007.
Reflita, analise, compare e decida o que é melhor para você e sua categoria.
Vote Chapa 1!
sexta-feira, 13 de agosto de 2010
sábado, 7 de agosto de 2010
GILMAR FRANÇA
Gilmar França é porto-alegrense. É casado, tem três filhos do primeiro casamento e uma filha do coração, do segundo. Nasceu e cresceu no Bairro Sarandi em uma família de oito irmãos. A mãe, do lar e o pai, portuário. Tem o segundo grau completo e cursou parte da faculdade de História.
Sua trajetória profissional iniciou na Metalúrgica Jano, em 1977, quando ao trabalhar numa prensa perdeu parte do dedo indicador da mão direita. Hoje uma de suas marcas registrada ao lado da intensidade com que se dedica a defesa dos trabalhadores da saúde.
Enquanto fazia a série de tratamentos e curativos no Hospital Cristo Redentor, Gilmar teve um contato maior com o trabalho em saúde e apaixonou-se. E, ao invés de amargar a perda e o trauma, resolveu dar uma guinada na sua vida profissional.
Mesmo freqüentando um centro de recuperação para poder adaptar-se a uma nova atividade na empresa, colocou na cabeça que ia trabalhar em um hospital e ajudar as pessoas a se recuperarem de suas doenças com a mesma dedicação que recebeu dos funcionários do Cristo Redentor.
Foi assim que, em 1979, Ingressou no Hospital Nossa Senhora da Conceição. Foi jardineiro, e passou pelo almoxarifado e pela farmácia. Depois de freqüentar o curso de auxiliar de enfermagem conseguiu uma vaga no Cristo Redentor, onde trabalhou de 1984 a 1988.
Naquele ano foi demitido durante a paralisação histórica de 30 dias, que foi encerrada com mais de uma centena de demissões injustas e ilegais de trabalhadores grevistas.
Esta greve e as demissões marcaram a conquista de um novo e melhor patamar de salários para os servidores do GHC. O custo foi uma autoritária e ilegal dispensa de todas as lideranças envolvidas no movimento.
Alguns negociaram a reintegração com os gestores da época, outros foram exercer cargos em comissão e cartas contratos em instituições que apoiaram os grevistas. Gilmar não negociou seu retorno. Aguardou a decisão final da justiça, que iria demorar quase uma década.
Então, para sobreviver, trabalhou na construção civil, como cobrador de ônibus, na Springer Carrier, da Fundação Gerdau e da Siderúrgica Riograndense, como Auxiliar de Enfermagem responsável pela segurança do trabalhador.
Neste período, enquanto desenvolvia suas atividades e aguardava o processo de reintegração judicial no GHC, percebeu que precisava fazer alguma coisa contra as injustiças sofridas pelos colegas.
Arregaçou as mangas e entrou na luta sindical para trazer o SINDISAÚDE-RS para a luta ao lado de todos os trabalhadores da saúde. Buscou o companheiro João Menezes na ASHCLIN e se aproximou dos trabalhadores do interior através do apoio a candidatura Milton Kempfer para presidente da FEESSERS.
Em seguida, fundou o Movimento de Oposição do SINDISAÚDE-RS, reconhecido em congresso pela CUT-RS, conquistando finalmente a direção do SINDISAÚDE-RS junto com um grupo de trabalhadores.
Ele mesmo, João Meneses e vários outros trabalhadores foram impedidos de concorrer ao sindicato, mas não deixaram de lutar pela vitória do grupo que haviam articulado no Movimento de Oposição.
Foi só em 2005 que Gilmar finalmente entrou na diretoria do Sindicato já na gestão de João Menezes, onde hoje atua como diretor jurídico.
Hoje, o resultado de seu trabalho incansável é o seu cartão de visitas e o fundamento de sua reputação como liderança competente e resolutiva. Polêmico, Gilmar tem em sua reputação a honestidade de quem possui um imenso capital político fundado na coerência e no trabalho cotidiano em defesa dos trabalhadores da saúde.
quinta-feira, 5 de agosto de 2010
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